Osvaldo dos Santos Neves
Fundador do Centro de Apoio ao Desenvolvimento.
Analista de Sistemas, Advogado, Consultor



Osvaldo dos Santos Neves nasceu em 03 de dezembro de 1945, em Santo Amaro da Purificação, cidade do recôncavo baiano, filho de Manoel Emygdio das Neves, comerciante bem sucedido na cidade, e Ramira Clarice dos Santos Neves, que exercia a função de “guarda-livros” em algumas casas comerciais.
Com a morte de Seu Emygdio, em 1957, sua mãe, Dona Clarice, não conseguiu suportar a dureza dos negócios e fechou as portas antes da falência, mudando-se para Salvador, onde moraram no bairro de Santo Antonio Além do Carmo, até mudarem-se para o Rio de Janeiro, em 1966.
No Rio de Janeiro, aos 20 anos e já com o seu primeiro filho, Osvaldo Neves trabalhou como apontador na construção civil, em escritórios de várias empresas, até ingressar, em 1970, na área de informática (processamento de dados, à época), sendo Operador Estagiário da ITT Data Services, de onde saiu um ano e meio após, para chefiar o setor de Operações do Grupo Financeiro TAA.
Fez formação de Programador, Analista de Suporte e Analista de Sistemas e técnicas de gerência na IBM, PUC/RJ, COBRA, TELERJ, IBGE.
Graduou-se em Direito em 1979, porém não militou na advocacia, optando pela carreira já em curso, na área de informática.
Foi Analista de Suporte da TELERJ, Chefe da Divisão de Planejamento de Sistemas Operacionais do IBGE, Gerente de Suporte Técnico do Banco Boavista, Gerente de Suporte e Gerente de CPD da Internacional de Engenharia e Gerente de CPD da Montreal Informática. No PRODERJ – Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro foi Gerente de Suporte Básico, Gerente do Departamento Central de Produção, Diretor de Operações, liderando 1.200 funcionários, Coordenador de Planejamento de Clientes e Comercialização - responsável pela aplicação de programas de planejamento estratégico nas Secretarias de Estado - e Diretor de Desenvolvimento Tecnológico – responsável pela elaboração e viabilização do plano de atualização tecnológica do PRODERJ e instalação da infraestrutura da primeira rede estadual de informática.
Ministrou cursos técnicos para operadores, programadores e analistas de sistema em diversas empresas e na Faculdade Moraes Júnior.
Publicou trabalhos técnicos através das bibliotecas da TELERJ e do IBGE.
Mesmo não sendo um militante do Movimento Negro, sempre procurou criar oportunidades para elevação profissional dos afro-brasileiros, nas empresas em que trabalhou. “sempre fiz isso com naturalidade, entendendo que era o meu papel, assim como, por questões óbvias, sempre mantive relações mais estreitas com meus colegas negros, despreocupado com a forma com que a alta direção dessas empresas via o fato. Mas, um dia, almoçando com um diretor de uma dessas empresas, ele me aconselhou: Por que você não fica mais próximo da diretoria, discutindo os altos interesses da empresa, em lugar de ficar almoçando todo dia com fulano e beltrano? (tratava-se de dois engenheiros negros)”.
Sua militância teve início em 1987, quando foi chamado a contribuir para o desenvolvimento da parte brasileira do FESPAC – Festival Panafricano das Artes e da Cultura – Dacar, Senegal, que acabou por não se concretizar.
Em 1988, convidado, integrou-se a um grupo que discutia a formação de uma organização que conseguisse incluir pessoas negras com capacidade de alavancagem em favor do Movimento Negro, as quais, por uma série de razões, não conseguiam se engajar ao trabalho sistemático de combate ao racismo; uma organização que desenvolvesse ações anti-racistas planejadas e de caráter propagador; que criasse meios de atuação desses novos militantes, utilizando a mesma atitude profissional e competência demonstradas nas empresas em que trabalhavam; e, principalmente, que seus militantes tivessem capacidade de realização financeira fora da instituição. Com este conjunto de princípios, este grupo fundou o Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH, em 1989.
“Tive muito orgulho de integrar esse grupo e a tranquilidade de ter minha atuação pautada pelo trabalho e por princípios, acima de qualquer coisa; tinha certeza de que a manutenção desses princípios era a única garantia da nossa permanência”.
Osvaldo Neves foi Fundador, Conselheiro, Diretor Administrativo-Financeiro, Presidente reeleito, Coordenador Geral do CEM e sócio benemérito do IPDH; coordenou seminários estaduais, nacionais e internacionais. Desligou-se em dezembro de 1996.


Convidado, passou a integrar a equipe do COLYMAR – Círculo Olympio Marques em outubro de 1997, sendo eleito Presidente Executivo. Foi reeleito em 2000. Em 1999, foi eleito Vice-Presidente da AnCeabra – Associação Nacional dos Coletivos de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros. Dentre os vários projetos que elaborouu, está o programa de fortalecimento do Empreendimento Afro-Brasileiro, acolhido pela equipe econômica da presidência da república em 2003. Em 2004 representou a Anceabra na missão presidencial à Africa e integrou o conselho econômico social.
Foi sócio fundador e consultor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento – CAD, mentor e instituidor do projeto ”Incubadora de Organizações Afro-Brasileiras” elaborou inúmeros projetos, ministrou cursos em várias cidades brasileiras, ajudando a desenvolver um cem número de organizações, trabalhando sempre com planejamento e determinação e militantemente, deu ao CAD, uma base organizativa fazendo com que nossa instituição se tornasse respeitada dentro e fora do Brasil, tornando-se referência em capacitação em administração e elaboração de projetos, avaliação e planejamento estratégico.
Foi presidente do Conselho Consultivo da PALONG – Associação do Palácio das Ong´s.
Em 21 de Março de 2006 foi agraciado com o título de cidadão carioca.
Osvaldo dos Santos Neves se considerava um militante comum e achava que se lhe coubesse algum mérito era o de estar contribuindo, assim como muitos outros, para uma mudança do perfil técnico de algumas instituições do Movimento Negro, nos campos administrativo, organizacional e operacional.
Osvaldo dos Santos Neves faleceu em 17 de maio de 2006, acometido de câncer de pulmão.

Em 2008,a assembléia geral do CAD, aprovou a alteração do nome da Instituição para Centro de Apoio Osvaldo Santos Neves, portanto o CAD agora é CADON em sua homenagem.

Nossa homenagem e respeito ao guerreiro, filho de Xangô, que nunca se recusava a ajudar alguém e que praticava a justiça !

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